Descrição

Este livro é sobre todas as vezes que não consegui chorar, mas também sobre todas as que chorei. Todas as vezes que fui água, que bebi mais do que deveria, que me banhei no mar, no rio, no gozo e também sobre aquela vez em que precisei me segurar nos braços da minha mãe pra chorar de novo. Depois de ser gente grande.

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Desamor, apesar do nome, fala sobre diversas expressões do amor e do querer ser amado. Durante o processo de busca por esse sentimento, alguns podem acabar se perdendo, desembocando em outras experiências como o fio d’água de uma pequena nascente que é responsável por um rio cheio de diversidade.

Relacionar-se é assumir um risco e o preço para se viver é alto. Aqui o medo existe, não é ignorado, mas não limita os passos da pessoa por trás dessas experiências. Decidir começar esta leitura é estar ciente dos diferentes estágios de uma ferida que foi aberta a partir de algo que todos têm em comum: a vida. Desde arranhões superficiais, que nem se nota como foram feitos, passando por cortes que derramam sangue até atingirem feridas invisíveis, sentidas mesmo quando a pele está intacta, mas a febre queima.

Desamor tem cheiro de tempero, é pimenta-da-costa. É esperança de uma possibilidade. Desamor tem sentimentos e, entre eles, destaco a coragem.

Wandrel Gomes